Uma tragédia que parou o Brasil. O incêndio no Edifício Joelma, que deixou mais de 180 pessoas mortas, completou 50 anos nesta quinta-feira.

No dia primeiro de fevereiro de 1974, era por volta de 8h45 da manhã em mais um dia de trabalho nas salas comerciais do Edifício Joelma, localizado no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo. As pessoas que ali estavam não imaginavam que naquele instante um grande incêndio estava por vir.

O fogo começou com um curto-circuito no ar-condicionado do escritório de um banco no décimo segundo andar e rapidamente se alastrou por cortinas, carpetes e móveis do prédio que tinha apenas três anos de funcionamento.

Com o avanço das chamas, muitas pessoas ficaram encurraladas nos escritórios e alguns até se jogaram pelas janelas. Outras subiram ao terraço, na tentativa de serem salvas, porém, o edifício não tinha heliponto, o que dificultou o trabalho.

Foram 1.500 pessoas envolvidas no resgate entre bombeiros, forças de segurança e equipes de 5 diferentes hospitais estaduais. Além do uso de 14 helicópteros, 39 viaturas do Corpo de Bombeiros e todas as ambulâncias da rede hospitalar.

Mesmo com todo o trabalho, cerca de 181 pessoas não conseguiram se salvar e morreram. Outras 300 ficaram feridas.

O fogo só foi controlado por volta de 11 horas da manhã, e à uma da tarde, todos os sobreviventes foram resgatados. A tragédia alertou para problemas estruturais dos edifícios, criando a partir daí a primeira legislação de segurança da cidade, regulamentando a prevenção e combate a incêndio

Reportagem: Marcos Nazone