O Brasil comemora hoje um marco importante em sua história. Há noventa e três anos, neste mesmo dia, foi instituído o direito de voto da mulher.

Hoje é dia de celebrar a conquista de todas as brasileiras. O direito de voto delas foi um passo fundamental em direção à igualdade de gênero e à participação plena das mulheres na vida política do país.

A data foi criada em 1930. Antes disso, as brasileiras não podiam eleger seus representantes, e os candidatos eram todos do sexo masculino e eram decididos de forma censitária, ou seja, dependiam do poder aquisitivo.

Mesmo com a aprovação em 1930, as mulheres possuíam diversas restrições que as impediam de votar. Somente em 1934, o código eleitoral eliminou as limitações, onde apenas mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria tinham o direito. E no ano de 1946, a obrigatoriedade do voto feminino passou a vigorar.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em média, 52% do eleitorado é constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e 15% de eleitas.

A trajetória que levou à garantia do voto feminino no Brasil foi marcada por lutas e desafios ao longo dos anos. Em 1891, a Constituição da República não reconheceu o direito de voto das mulheres, o que desencadeou uma intensificação dos movimentos sufragistas brasileiros. Mulheres corajosas como Consuelo Ramos Caiado e Jacintha Luiza do Couto Brandão Peixoto, mãe da renomada escritora Cora Coralina, tornaram-se ícones dessa batalha pela igualdade.

Reportagem: Ana Beatriz Mello