Após o embate entre o governo federal e o Banco Central, a taxa de juros do país está caindo gradativamente. Segundo especialistas, a tendência é que esta perspectiva siga ocorrendo no mercado financeiro.

Foram meses de embate entre o Presidente Lula e o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. De um lado, Lula cobrou, sistematicamente, a queda de juros, enquanto Campos Neto e a maioria dos integrantes do Comitê de Política Monetária, COPOM, mantiveram a taxa de juros intacta.

  • A cada 45 dias, um colegiado que faz parte da direção do COPOM decide sobre o destino da taxa SELIC, que é o parâmetro regulatório dos juros no Brasil.

No dia 1 de novembro, o COPOM reduziu pela 3ª vez seguida a taxa de juros no país, que ainda segue nos dois dígitos, algo que está distante do que preconiza o governo federal.

No início deste mês, a taxa SELIC caiu de 12,75% para 12,25%. Para se ter uma ideia de quanto ela ainda está alta, em 2019, no início do governo do então presidente Jair Bolsonaro, a SELIC era de 6,5%.

Lula defende uma taxa ainda menor que isso, mas embora as perspectivas sejam de redução, especialistas afirmam que o recuo da taxa de juros do Brasil deve seguir uma tendência de pequenas reduções.

Reportagem: Segismar Júnior