Pesquisadores australianos da Universidade de Queensland desenvolveram uma vacina em adesivo que combate o vírus da Zika, e a resposta imunológica observada foi 270% maior em comparação com o imunizante aplicado com agulha.

O experimento foi conduzido com sucesso em ratos de laboratório, utilizando um protótipo de adesivo capaz de entregar vacinas ao corpo. A vacina testada foi desenvolvida pela Universidade de Adelaide, também na Austrália. Os pesquisadores responsáveis pelo experimento destacam que, além de ser indolor e fácil de aplicar, o adesivo de vacina é um método eficaz de imunização.

De acordo com os cientistas, o vírus da Zika representa um risco para pessoas em diversas regiões, incluindo o Pacífico, Sudeste Asiático, Índia, África e América do Sul e Central. O ensaio pré-clínico demonstrou que a vacina proporcionou proteção rápida contra o vírus da Zika vivo, e o adesivo estimulou respostas de células T que foram cerca de 270% maiores do que aquelas geradas pela administração por meio de agulha ou seringa.

Outro benefício do protótipo é a estabilidade da vacina em temperaturas elevadas. O adesivo manteve a potência da vacina quando armazenado a 40°C por até quatro semanas, o que amplia a aplicabilidade das vacinas em países mais pobres, onde a refrigeração pode ser um desafio.

Reportagem: Priscyla Ávila